terça-feira, 13 de maio de 2008

Duelos de um espadachim Honoris Contra o Doido varrido

Afinal o que é um doutorado? Eu como poeta que sou doido e varrido, não sei o que seria um doutorado. Existe por fim doutorado em poesia? Para se historiar é preciso ter um doutorado! Mas para se fazer poesia é preciso mais que um doutorado. Há de se ter o doutorado do lápis, fiel escudeiro nas horas derradeiras. Há também de se ter o doutorado do papel, branco, amarelado, grilado, com suas nuanças chamativas e sua eterna voz de adormecido. Tem outro doutorado ainda: o doutorado do silêncio, sem ele nada se faz! Então meu derradeiro historiador, quem é mais cientista, és tu ou sou eu? Quem, em longínquos pagos, viaja sem cela nem cavalo, retornando vez que outra a campos neutrais do verdadeiro humanismo? Sou eu! O varrido poeta! Então, fugaz historiador, títulos para nada servem! Podes parecer feliz, mas a angústia plena de incertezas sempre te cai à fronte. Eu, poeta doido que sou, tenho o ar cheio de pulmões a soprar, tenho incertezas bem resolvidas, tenho feridas e humanidades expostas em carne viva! Afinal, nunca um fim, quem é o cientista desta maledeta vida? És tu, honrado Doutor? Ou sou eu, o Doido varrido? Por Miss Dalloway

Nenhum comentário: